Tanto a mostra Warhol TV, quanto a exposição Sismógrafo foram construídas a partir de exibições audiovisuais.
Exposta no espaço "Oi Futuro", a mostra sobre Warhol aborda um lado menos conhecido e explorado deste artista - completo - contemporâneo, tido como o papa do Pop.
O mais tocante na mostra em tributo à Warhol foi a forma convencional com que optaram em montá-la. Um caminho pré-determinado, com salas incomunicáveis e vários displays de TV, exibindo seriados, filmes e talk shows do artista foram instalados no espaço.
É válido ressaltar a tímida tentativa de interatividade com o público nas salas, destaco duas que mais me marcaram, "Barco do Amor" e "Hello again". A primeira, uma homenagem às novelas que Warhol adorava, onde a intimidade do quarto é, constrangedoramente, rompida pela TV e pór nós, parte do popular que ali está. Já a segunda, uma homenagem póstuma ao artista, onde há um vídeo-clip do grupo "The Cars", que foi produzido pela equipe de Warhol da TV. Nesta sala há alguns balões metálicos infláveis para que os visitantes possam interagir com o sublime póstumo.
Para mim, que conhecia o trabalho do artista plástico que revolucionou o pop, achei que a mostra ficou à desejar, o filmador, como chegou a ser definido por Duchamp, não foi exaltado.
Já a exposição Sismógrafo, no "Palácio das Artes", reúne alguns exemplares da produção mineira audiovisual.
Percebe-se uma sensível escolha pela ordem dos sons, no que diz respeito às obras selecionadas. No entendo, sendo o som elemento essencial das produções, permito-me pontuar que, a forma como o áudio foi montado na exposição, na maioria dos vídeos, limita o visitante a permanecer em um local pré-determinado para assistir aos mesmos. Contud, há realmente, uma produção intensa, que deve, sim!, ser vista.

